quarta-feira, 9 de julho de 2014

Fluam minhas lágrimas

*
Por Germano Xavier


passem ou fiquem por dentro
umedecidas no interior
lubrifiquem o casco
o que sobrar de mim
o que não restar de mim
depois do imenso tormento

fluam minhas lágrimas
permitam que sigam
corrediças e deslizantes

que promovam liberdade

será a última vez que suspendo
de mim - em mim -
a elegante humanidade de ruir


* Imagem retirada do site Deviantart.

3 comentários:

Leilane Paixão disse...

Lindíssimo, Ge!

Anônimo disse...

Bravo, Germano! A arte de dizer e reformular o sentimento. Gosto da música das tuas palavras :)

Luísa

Daniela Delias disse...

Está lindo aqui, viu G.? Tá clarinho, bom de andar. Mas eu viria sempre, de qualquer forma, como venho já há tanto tempo. Ah, e o poema é lindo!

Beijo, carinho